quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Máteria com Victor e Leo no site Terra


Dupla Victor e Leo rejeita rótulo de "sertanejo universitário"


Uma das revelações da nova geração do sertanejo nacional, a dupla Victor e Leo tem se destacado nessa nova safra e recebido elogios de nomes como Zezé di Camargo e Luciano. Embora muitas vezes os irmãos sejam rotulados como parte do movimento chamado "sertanejo universitário", Leo, em entrevista ao Terra, prefere fugir de qualquer limitação que esse gênero possa trazer para a dupla.

"A gente não se sente na posição de responsável por esse movimento. Sabemos que existe um movimento novo de um pessoal que não curtia sertanejo. Acho que isso é uma renovação musical. Mas a gente não se coloca nesse rótulo de 'sertanejo universitário'. A gente não faz música pra nenhum tipo específico de público", disse.

Após dois CDs de estúdio e dois registros ao vivo, a nova aposta dos irmãos é Borboletas, lançado no mês passado. Para Leo, o resultado do álbum é satisfatório, mas admite que há um desejo de aprimorar sempre o trabalho.

"Todo CD que a gente fez, na hora de ouvir a gente pensa que poderia ser diferente. O ser humano é muito autocrítico, especialmente cantores. A gente ficou satisfeito sim, mas temos muita preocupação em crescer e aprender muito. O importante é que as pessoas sintam e se emocionem, não somente ouçam o CD", explica o cantor.

Com o novo CD, o repertório dos shows da dupla também sofrerá mudanças, mas gradualmente. "Aos poucos a gente vai integrando essas músicas novas. A gente não vai ter um lançamento oficial do show novo. Vamos fazer isso aos poucos, isso demora um tempo", conta.

Já as composições, a maior parte de autoria de Victor, são alvos de elogios de Leo. "Meu irmão é um cara que escreve coisas belíssimas em situações inusitadas. Não existe momento e nem nada direcionado para composição, é tudo muito intuitivo", diz. "O CD é 100% autoral. Os arranjos são nossos. A gente tentou preservar ao máximo nosso estilo e nossa energia musical. Queremos preservar isso em todos os CDs", completa.

A faixa Tem Que Ser Você, que virou tema da personagem Ceu (Deborah Secco) na novela A Favorita, também faz parte de Borboletas. A explosão da música, no entanto, não preocupa o sertanejo. "A gente não se preocupa com o que vai acontecer. A gente tem um compromisso muito espiritual com a música, gravar e pensar que essa canção possa acrescentar algo para as pessoas. A gente não direciona nada", explica.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Deborah Secco encontra Victor e Léo


O Video Show mostra a conversa da atriz Debora Secco com os intérpretes de seu tema em A Favorita, nos bastidores do Estação Globo.


Clique aqui e ASSISTA!

Agradecimento do Leo

"Agradeço às inúmeras mensagens recebidas na semana de meu aniversário. Fiquei realmente emocionado com tanto carinho e amor!
O único e maior sentido dessa relação é que todos nós possamos crescer e evoluir, dividindo pensamentos, experiências e boas energias, e principalmente música.
Obrigado a cada um de vocês pela oportunidade de estar vivendo isso!
Vocês são nosso alimento em energia e inspiração a cada show!!"

Leo

Gosto, não se discute!



-Taxamos nosso gosto

Desde crianças e, talvez na barriga de nossa mãe, aprendemos a expressar nossos gostos taxando as coisas e as pessoas.
Provo um sabor e, se não gosto, saio dizendo que é ruim. Não digo que não me agradou. Digo: “Aquilo é horrível”.
É como se você não conhecesse alguém que estivesse num dia péssimo e introspectivo e saísse dizendo a todos que aquela pessoa é indiferente e fria.
Como julgamos!
Se você não gostou de algo, saiba que outra pessoa pode estar gostando. Se alguém não gosta do céu, uma outra pessoa e, quem sabe você, adora. Porque então queremos que o mundo abrace nosso gosto?
Veja o quanto você pode usar mal suas palavras ao pré-julgar alguém e até impedir que pessoas se conheçam com seu resumo pessoal e negativo.
É fato que ao amigo, queremos bem e podemos lhe prevenir diante de alguém ou algo que conhecemos, mas quem disse que fazemos isso apenas diante daquilo ou daqueles que conhecemos?
A mesma coisa acontece ao contrário. Você gosta de algo e diz a todos que aquilo é excelente, sendo que mais cabidamente, poderia dizer: “Eu gostei. Experimente você!”.
É assim com filmes, alimentos, pessoas, profissões, sentimentos, etc.
Quantas vezes assistimos a um excelente filme e nos lembramos de alguém nos ter dito que era muito fraco?

-Generalizamos nosso gosto

Você gosta de frutas?
Você gosta de rock?
Você odeia frutas!
Você odeia rock!
Você pode gostar de maçã e não ter afinidade com o sabor do abacate. Então você gosta de algumas frutas.
Você pode gostar de uma banda de rock, vindo a gostar e não gostar de outras. Dê-se a chance de conhecer elementos novos independente do rótulo a que diz ter repulsa.

-Temos pouco conhecimento

Podemos mudar toda uma concepção de postura e pensamento diante daquilo que passamos a conhecer.
Lembro-me de odiar matemática na infância. Mas de também evitar seus raciocínios. Encontrei um professor carismático que passava seus conhecimentos de forma muito prática à classe. A matemática chegou ao meu conhecimento e passou a ser minha matéria predileta.
Quantas vezes passamos a conhecer uma pessoa a qual julgamos negativamente por muito tempo e lhe dizemos: “Puxa! Como eu pensava diferente a respeito de você!”.
Antes de dizer que detesta algo ou alguém, conheça, e somente depois conclua sua afinidade.
Nossas razões para gostar e desgostar das coisas são diferentes e infinitamente diversas. Por isso, podemos abrir um leque de coisas que nos podem proporcionar felicidade e prazer, apenas saindo do lugar e buscando um pouco mais de conhecimento.
Gosto não se discute, mas julgue menos e conheça mais!
Afinal, uma pessoa que passa a gostar de mais coisas, encontra prazer em mais coisas também e, por isso, passa a ser mais feliz!

Victor Chaves

domingo, 23 de novembro de 2008

Fotos para o Domingão :)



Entrevista para a Revista Capricho




Assim que entrei no quarto de hotel em que a dupla estava, me senti em casa: Leo tomava um cafezinho enquanto Victor comia alguns biscoitos. "Quer?", um deles me ofereceu. Foi incrível estar perto da dupla sertaneja mais famosa do momento e perceber que eles são assim, tão normais quanto a gente.
Os irmãos, nascidos em Ponte Nova (MG), estão na estrada há quase 13 anos e hoje são os caras que mais bombam no mundo country. O recém-lançado CD, Borboletas, apaixona na primeira ouvida. Além do talento, o segredo para essa fama está na simpatia, fácil de perceber nesta entrevista, em que eles revelam intimidades que ninguém sabia. Eu, que já curtia a dupla, fiquei ainda mais encantada com esta conversa, que acabou com uma palhinha emocionante da musica Tem Que Ser Você.

Como é ligar a TV e ver a música de vocês tocando na novela das 8?
Victor: foi uma oportunidade de ouro. O mais legal é o casamento dela com o personagem do Thiago Rodrigues.

Falando em Cassiano... Ele é supertímido, vocês também são?
Victor: eu era extremamente tímido. Chegava a ficar trancado no quarto se eu soubesse que tinha visita na sala. Apresentar trabalhos no colégio, por exemplo, era horrível, um sofrimento.

Nossa, e isso rola ainda hoje?
Victor: no palco, não. Mas, na vida pessoal, preciso vencer a timidez. Quando assisto a algum show nosso, me pergunto: quem é esse cara que se solta tanto?

E você, Leo?

Leo: eu tenho meus momentos. As vezes, sou tímido e, às vezes, não.

E a vaidade? Vocês se cuidam muito?

Leo: temos uma preocupação com isso, mas nada neurótico. Tomamos cuidado com a alimentação.

Eu vi você comentando que precisava correr amanhã!
Leo: é que eu estava tomando café com açúcar, (risos) Mas eu como de tudo, viu! Gosto de correr, jogar ténis e faço ginástica quando dá.
Victor: e eu to precisando! (risos)
O problema é a falta de tempo.A gente gosta muito de pescar também

Qual foi o dia mais feliz da vida de vocês?
Leo: eu tive dois dias felizes: quando conheci minha esposa e quando meu filho nasceu.
Victor: eu não sei especificar...
Leo: você vai concordar comigo, Victor, o dia em que fizemos nosso primeiro show cm Uberlândia foi muito feliz. Era a primeira vez que um público grande cantava todas as nossas músicas.

O primeiro cache que vocês receberam como músicos foi alto?
Leo: isso eu não esqueço. Foi sim! Um sanduíche e uma Coca-Cola, (risos)

Contem pra mim um segredo!
Leo: ai, ai, ai. Eu confesso que tenho mania de espelho!
Victor: pó, eu durmo de pijama, (risos) E isso é uma coisa que. até hoje, só minha família sabe.

Vocês se lembram do primeiro beijo que deram na vida?
Victor: Claro! Eu tinha 13 anos e foi na brincadeira de salada mista. Eu era a fim dela e ela de mim. Aí as amigas deram um jeito e acabamos beijando.
Leo: eu beijei pela primeira vez com 10 anos e eu não gostava muito dela. Gostava de outra, que não queria beijar.

O Leo é casado e o Victor, tá namorando?
Victor: esses tempos, eu tive uma relação, só que já terminou e eu voltei a estar só, jogado pelos cantos!

Como seria a namorada perfeita?
Victor: o que mais me atrai numa mulher é a autoconfiança. Ela não está preocupada em agradar, em usar o esmalte de que o cara gosta. Ela agrada sendo ela mesma.

Vocês eram bons alunos?
Leo: eu não era santinho. Lembro de uma vez que arranquei as folhas do caderno da menina mais estudiosa da classe e peguei pra mim.
Victor: eu tirava notas altas, mas bagunçava. Uma vez pus cola em cima do ventilador e, quando o professor ligou, foi cola pra todo lado!

Se vocês dois fossem uma dupla da ficção, qual seria?
Leo: pode ser Batman e Robin!
Victor: é verdade, o Robin é mais atirado, é meninão, pode ser o Leo. Já o Batman é mais cauteloso, pensa antes de fazer as coisas, como eu.


Fonte: Revista Capricho - Edição de Dezembro de 2008

domingo, 2 de novembro de 2008

Dupla mais ouvida do BRASIL!


Victor e Leo se lembram da noite em que tocaram num bar quase vazio — havia apenas um homem, num canto, ouvindo as músicas da dupla.

“Aquele senhor deu sentido àquela noite. Ficamos felizes por nossa música ter atingido alguém”, conta Victor. “Hoje, quando cantamos para 40 mil pessoas, não vemos uma multidão, mas 40 mil indivíduos, únicos.”

40 mil pessoas? Pois é, a estratégia de “considerar a individualidade do público” parece ter dado certo para os irmãos. Daquela noite até agora, quando lançam o CD Borboletas, tornaram-se um fenômeno de popularidade – apesar de serem, possivelmente, famosos para quem freqüenta apenas o circuito pop-rock-urbano-cosmopolita ou MPB-tradicional-de-bom-gosto.

Os números mostram que a expressão “fenômeno” não é exagero. A canção que dá nome ao novo álbum é a segunda mais tocada no Brasil, hoje. Seu disco anterior, Ao Vivo em Uberlândia, é, até agora, o terceiro mais vendido de 2008 – só atrás dos dois volumes de Paz Sim, Violência Não, do Padre Marcelo Rossi.

Domingo passado, eles foram ao Domingão do Faustão, elevando a audiência de 23 para 29 pontos no Ibope – o que levou o apresentador a segurar a atração por mais tempo. No programa, receberam uma homenagem pela venda superior a 700 mil cópias, somando seu álbum Ao Vivo (2006) e o CD e o DVD Ao Vivo em Uberlândia (2007).

No YouTube, seus vídeos mais acessados, juntos, acumulam mais de 20 milhões de visualizações.

Medidor de sucesso

A boa execução na Internet é, mais que um medidor de sucesso, uma pista para que se entenda Victor e Leo como um fenômeno da “geração digital”. Ou seja, gravando e distribuindo, graças às facilidades tecnológicas de hoje, eles correram por fora do circuito da grande mídia – gravadora, rádio, jornal, TV – para chegar ao público.

Como o Calypso (exemplo mais marcante dessa geração), eles se tornaram sucesso nacional com um CD independente vendido inicialmente em shows e depois distribuído em cópias piratas e sites. Quando foi relançado, já pela Sony BMG em 2007, ele vendeu em poucos dias 60 mil cópias, garantindo, de saída, um disco de ouro.

Mas sua versão não oficial, lançada em 2006, já tinha passado de dois milhões, segundo a dupla.“Chegamos a essa estimativa falando com as próprias pessoas da pirataria”, conta Leo.Victor completa: “Calculamos também pela quantidade de gente que ia aos shows, no Brasil todo. Vendíamos o disco apenas nos shows, mas, quando chegávamos para tocar num lugar ao qual nunca tínhamos ido, todo mundo conhecia as músicas.

Engraçado é que eles não sabiam como éramos. Por isso, podíamos andar pela platéia antes do show, ouvir as pessoas falando de nossa música.”Os mecanismos que levam ao sucesso, portanto, são mais complexos que os esquemas de TVs, rádios e gravadoras – apesar de também se utilizarem deles.

Victor e Leo não procuram entender tais mecanismos, garantem. Afirmam repetidas vezes que não fazem canções pensando em quanto elas vão render, não ouvem rádio para saber o que o povo quer e vêem a música como algo maior que profissão – “É uma forma de evoluirmos e transmitirmos algo positivo”, define Leo.

Mas arriscam falar em originalidade para explicar as razões do apelo popular do trabalho. Eles próprios fazem os arranjos das músicas, que unem elementos de country, folk e baladas pop-rock de 1960 e 1970, ao lado da influência do sertanejo de duplas como Leandro e Leonardo e Zezé di Camargo e Luciano.

“Fomos criados em Abre Campo, interior de Minas. Sempre gostamos de música, até que um dia, no início dos anos 1990, brincamos de cantar juntos”, lembra Victor. “Inspirados nas duplas sertanejas que faziam sucesso naquele momento, começamos a criar vocais de forma intuitiva. Cantávamos as duplas, mas também Legião Urbana, Alceu Valença, Tim Maia...”Victor, autor de quase todas as canções da dupla, é um dos compositores que mais arrecadam direitos autorais no país, segundo levantamento mais atual do Ecad, de abril de 2008.

Agradecimentos Victor e Leo